Intercâmbio em Berlim, um sonho realizado!

12:04 | quarta-feira,24 | maio '17
 

Vivenciar a Alemanha e viver a experiência de um intercâmbio em Berlim é fazer uma série de descobertas todo dia, tendo em vista as inúmeras diferenças culturais e históricas entre Brasil e essa terrinha gélida. A primeira descoberta é que Berlim, assim como Nova Iorque ou São Paulo por exemplo, embora pertença ao território alemão, tem peculiaridades de cidade grande, e conta com uma grande quantidade de imigrantes, o que a torna peculiar até mesmo para os alemães.

intercâmbio em Berlim

A cidade em si tem muitas características que sonho que o Brasil também tenha um dia, como por exemplo: uma malha ferroviária invejável, que funciona 24horas por dia, ciclovias em todas as ruas, e aqui a bicicleta é o meio de transporte favorito (menos quando neva, claro). Além disso, eu não presenciei um congestionamento, mas deve acontecer as vezes.

Ahhhhhh já estava me esquecendo de contar esta curiosidade: não existem catracas nas estações, embora o transporte não seja gratuito. “Carlos, mas as pessoas compram os tickets assim mesmo”? Compram sim. Os fiscais fazem uma vistoria nos vagões de forma aleatória, verificando se os passageiros estão de posse de uma passagem válida, caso contrário, a pessoa tem que pagar uma multa.

Embora a culinária alemã não faça afronta para seus vizinhos (Itália, França, e muitos outros), a panificação aqui é, como diria minha avó, um pão. Eu particularmente amei a diversidade de sabores, texturas e opções que encontramos. Além disso, o custo de vida é realmente baixo em Berlim, apesar da maior parte dos alimentos serem importados.

E vocês conhecem aquela expressão: “põe a cara no sol”?

Evidentemente foi criada por um alemão! Basta sair um solzinho, mesmo que tímido e lá estão eles, curtindo o sol naquele dia quente (para eles) de 10°C. O tempo ruim não intimida os alemães: nevando, chovendo ou ventando, e acredite que aqui o vento influencia muito na roupa que se vai vestir, as ruas estão sempre cheias. Tudo bem que as chuvas daqui não passam de uma marolinha perto das nossas chuvas, mas eles continuam a vida, estão correndo ou fazendo coisas do dia a dia com chuva ou não.

Por fim, mas não menos importante, eu quero falar da língua alemã: composta por palavras kilométricas (Rechtswissenschaften, que significa Direito, por exemplo), regras gramaticais que tornam o nosso português mais fácil que a tabuada do 1, e verbos extremamente específicos para cada ação; além de alguns sons que parecem vir direto do intestino delgado, tudo isso dificultaria e muito a comunicação, se não fosse a minha boa noticia: estimo que 90 porcento das pessoas falem inglês e ao perceber que você não fala bem o alemão, eles alteram imediatamente o idioma da conversa.

Uma dica: se você precisa praticar seu alemão, finja que não fala inglês e insista.

Essa experiência agregou muito na minha vida, tanto no sentido cultural quanto histórico, pois estando no Brasil muitas vezes era difícil entender ou imaginar o verdadeiro impacto da Segunda Guerra ou do Muro de Berlim, por exemplo.

Também foi como abrir uma porta para encontrar com um novo eu. Fazer um intercâmbio em Berlim me fez crescer muito como pessoa, ver o mundo com outros olhos. Justamente por se tratar de uma cultura tão distinta, comecei a valorizar coisas simples do dia a dia brasileiro que talvez nem me desse conta que gostava tanto.

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