

Brain Rot: o que a palavra do ano revela sobre nossa mente (e como dar um reset nela)
Você já se pegou abrindo e fechando o TikTok, o Instagram, o YouTube… sem nem perceber o tempo passando? Pulando de vídeo em vídeo, rindo de um meme, depois vendo uma receita, depois um drama, e de repente: cabeça cheia, mas sem lembrar exatamente do que consumiu?
Se sim, você não está sozinho. E talvez já esteja familiarizado — ou sofrendo na pele — com o que chamam de Brain Rot.
Mas o que é Brain Rot, afinal?
Eleita pela Oxford University Press como a palavra do ano de 2024, BRAIN ROT é uma expressão informal que viralizou entre a Geração Z para descrever aquela sensação de “mente derretida” depois de passar muito tempo imerso no consumo digital.
É como se o cérebro estivesse apodrecendo — não literalmente, claro — mas como uma metáfora para o cansaço mental profundo gerado por excesso de estímulos curtos, rápidos e muitas vezes superficiais.
O problema vai além de uma gíria
Segundo a médica Erica Maria Zeni, clínica geral e paliativista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein:
“Por meio de imagens impactantes e sons estimulantes, as redes sociais são uma grande armadilha para o sistema de recompensa cerebral. Isso desencadeia a liberação de dopamina — o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Com isso, nossa rede neural vai se tornando menos tolerante a processos que demandam mais tempo e esforço. Nos tornando isolados, apáticos.”
Ou seja, aquela rolagem “inocente” do feed pode estar moldando seu cérebro de um jeito que dificulta manter o foco, reter informações e até tomar decisões com clareza.
Como sair desse looping?
Desintoxicar a mente pode começar com pausas intencionais. Não é sobre excluir todos os apps e virar ermitão (a não ser que você queira). Mas sim, encontrar espaços e experiências que te reconectem com o mundo real.
E sabe uma forma incrível de fazer isso? Intercâmbios.
Sim! Viver um tempo fora do país, em outro ritmo, com outras pessoas, em um ambiente que estimula a curiosidade e o contato humano, é uma espécie de “restart” mental. Afinal, sair do automático e mergulhar em uma nova cultura é uma forma poderosa de dar um tempo do digital e voltar a sentir as coisas de verdade.
Essa matéria levou cerca de 1h30 para ser pesquisada, escrita e revisada. É muito mais do que os poucos segundos que um vídeo curto leva. Mas se você chegou até aqui, já fez algo importante: desacelerou.
Talvez seja hora de repensar como você tem usado sua atenção. E quem sabe, até planejar uma temporada em que sua mente possa descansar, se inspirar e se nutrir de forma mais saudável.
Manda esse texto pra aquele amigo que já abriu o TikTok 12 vezes hoje — com carinho.
Muito obrigada por ler até aqui <3
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