Não sei exatamente quando Teraví nasceu. Não acredito que uma empresa nasça assim, de um insight fabuloso durante a noite. Teraví foi uma construção.
Antes de tudo isso começar, eu era executiva de marketing de uma empresa de comunicação e, embora tivesse a equipe e os colegas de trabalho mais legais do mundo e trabalhasse com uma grande paixão que é a educação, eu não me sentia parte, me sentia apenas mais um número, mais uma pecinha no jogo de xadrez corporativo cuja função era entregar o que me pediam. Isso podava a minha criatividade, acabava com meu entusiasmo e me distanciava da minha vontade de mudar o mundo.
Alguns meses após meu desligamento da empresa, eu sai do Brasil pra realizar o sonho de dar a volta ao mundo e quando retornei estava decidida a construir uma coisa minha. Uma empresa com os meus valores, do jeito que eu acredito que deva ser.
Uma empresa diferente: mais humana, divertida, uma empresa que gera impacto positivo ao seu redor. Queria construir uma empresa que fizesse o cliente se sentir na casa do seu melhor amigo. Um lugar onde eu pudesse trabalhar com todo o meu amor, onde as relações fossem desenhadas com carinho e respeito; sem enrolação, sem meias palavras e sem letrinhas miúdas.
Queria lançar as pessoas para o mundo. Encoraja-las a se aventurar e desbravar. Mostrar quantas comidas, sotaques e crenças esperam ser descobertas, para que elas fizessem uma viagem não só para fora, mas para dentro, descobrindo o melhor de si mesmas.
Eu queria muito construir uma empresa que tivesse como negócio principal a troca de cultura e de visões de mundo, porque é nesta troca que começamos a derrubar as barreiras do preconceito e a pensar na construção de um mundo melhor. Mas eu também queria que esse negócio gerasse um aprendizado formal, que ele também sanasse uma necessidade latente da gente aqui do Brasil: a educação. E lembra que eu disse lá em cima que educação é uma das minhas grandes paixões?
Acho que em suma, Teraví foi surgindo da minha experimentação. Dos meus passos diários em busca de uma empresa que conseguisse oferecer amizade e respeito aos clientes, que contribuísse para a criação de um mundo mais humano e capacitasse os brasileiros para os desafios do futuro.
Depois de um ano de muita pesquisa, muita bateção de perna, muitos erros e acertos e muita, muita vontade de fazer dar certo do jeito certo, Teraví nasceu. Para que eu consiga fazer aquilo que me motiva: espalhar felicidade, realizar sonhos, fazer amigos e transformar o mundo.